quinta-feira, 3 de agosto de 2017

"O programa já está dado"


A formação inicia-se com “o programa já está dado” e realmente os formandos/professores já teriam as ferramentas necessárias para a diferenciação pedag ógica que é sempre necessária. Através da partilha de atividades que os professores utilizam desde o pré-escolar ao terceiro ciclo e secundário verificou-se que é possível e até frequente usar metodologias de diferenciação pedagógica. Ter turmas homogéneas é algo ilusório, todos os dias na prática profissional deparamo-nos com turmas que incluem alunos com experiências, personalidades, idades, estruturas cognitivas diferentes e a quem temos de dar resposta no sentido de tornar mais significativo aquilo que aprendem e apreendem. Se a tudo isto das turmas ainda fizerem parte alunos com necessidades educativas especiais, mais desafiante se tornará a tarefa de ensino-aprendizagem e a diferenciação pedagógica será imperiosa. A realização de metodologias diferenciadoras de aprendizagem requer um gestão cuidada do que se irá implementar, torna-se necessário o conhecimento inicial do aluno (interesses, experiências...) e a preparação de atividades assentes na autonomia e flexibilidade com objetivos claros e atrativos . É claro que que tudo isto pode significar nada, se a/as atividade (s) em causa não forem ao encontro das reais necessidades do aluno. Por isso a necessidade de ajustarconstantemente as competências iniciais ao ritmo individual de cada um, como se de uma caixa de ressonância se tratasse. Por outro lado trabalhar a autonomia e o envolvimento em tarefas por parte do aluno não é fácil, pois os alunos não estão habituados a pensar por si. Na maioria das vezes os processos assentam naquilo que já está desenhado “pelo programa” assentando num ensino dirigido e o próprio tempo e a oportunidade para implementar diversas estratégias podem não ser os adequados (turmas demasiadamente grandes, falta de recursos materiais e humanos, falta de recetividade das estruturas educativas...), no entanto, tal como foi referido no contexto da formação, o professor terá que se habituar ao desconforto, fazendo a melhor gestão do que tem à disposição e acreditar que tudo o que é feito poderá ajudar a construir a curto ou a longo prazo algo que muitas vezes é desprezado quando se fala de avaliação... a melhoria das relações interpessoais a possibilidade de os alunos desenvolverem a sua autoconfiança e automatização.

Sara Bastos 

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